sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Felicidade

Parei por alguns instantes para sentir o mundo girar e me desconcentrar do foco principal, eu mesma.
Refleti por alguns segundos, não precisei mais do que isso para ter vontade de escrever.
Pensei em escrever sobre o quanto não observamos as coisas, as pessoas, e até mesmo o nosso próprio ser.
É totalmente compreensível que não enxerguemos o que está bem ao nosso lado, quase ao nosso alcance. Atribuo essa compreensão ao fato de não termos mais tempo nem para um café da manhã, quanto mais para alguns minutos de pensamentos descomprometidos com o contexto do dia a dia.
Começo pensando algo do tipo: Felicidade!
Recordo que algumas pessoas não possuem acesso a informação, outras não possuem convênio médico, outras não tem carro, casa própria ou não conseguirão pagar a prestação que vence no fim do mês.
A vida é cheia de coisas complicadas. Crescer demanda muitas atribuições. Precisamos fazer mil coisas, pensar em mim coisas, ler mil coisas e ao mesmo tempo, ter o cuidado para que essas mil coisas saiam de forma perfeita.
Devemos satisfação aos pais quando crianças, aos namorados quando jovens, aos companheiros quando maduros e aos chefes em quase toda a nossa vida.
Temos sempre muitas coisas na cabeça, pepinos e responsabilidades que só cabem a nós resolvermos. Turnos intensos de trabalho, de correria e de estresse.
Buscamos incansavelmente o reconhecimento e o poder aquisitivo para comprar acessórios, objetos, ou coisas que facilitam a nossa vida. Coisas que nos tragam conforto, que nos economizem tempo e nos façam desfrutar, mesmo que num período curto, o que conquistamos com tanto esforço.
No entanto, o que me fez parar para pensar por aqueles breves instantes, foi justamente a confirmação do termo citado antes, felicidade.
Eu sou feliz! Tenho momentos de tristeza, de solidão, choro, engordo e tenho vontade de sumir, mas isso é passageiro. Reafirmo, eu sou muito feliz! Atribuo a minha felicidade primeiramente e principalmente por ter saúde. O resto é uma consequência do que meu corpo e minha mente, juntos, poderão fazer.
Parece demagogia, apologia e tudo mais que possa terminar com “gia”, mas é VERDADE.
Aposto que todo mundo que está lendo este blog tem problemas. Aposto ainda mais alto, que você que lê neste instante, conhece alguém que tem um problema ainda maior que o seu! Aí está o canal! Não somos vítimas, e não devemos pensar que somos.
Os dias amanhecem e escurecem sempre, cabe a nós decidirmos se ele será bom ou ruim.
Se abater, desistir e se fazer de "coitadinho" é a forma mais fácil de resolver os problemas.
O desafiador é erguer a cabeça e tentar, pelo menos um pouquinho, tornar as coisas melhores.
Penso que independente da crença ou religião, é importante valorizarmos cada segundo, cada momento e cada coisa que conquistamos, fazemos e realizamos. Seja uma flor que plantamos e brotou, seja um acessório ou adereço que compramos para nos sentirmos melhor, seja o carro que desejamos e enfim, em 36x conseguimos adquirir, seja a casa que conseguimos alugar, comprar ou construir.
É importante valorizarmos cada pessoa que passa, cada gota que cai, cada momento que vai...
Não sei quanto a vocês, mas eu não vejo vergonha alguma em dizer para as pessoas que me fazem bem, o quanto eu as amo, admiro e as quero perto de mim.
Eu faço isso sempre que posso, porque prefiro pecar na insistência, a me arrepender de poder ter feito alguém se sentir um pouco melhor, ou ainda mais feliz.

4 comentários:

  1. Assim tu me deixas sem criatividade para comentar aqui. Toda vez que entro no teu blog tem um artigo impecável que nos faz ficar boca aberta. Antes eu tinha uma forma de pensar o que seria felicidade, mas lendo teu texto, nos faz pensar completamente diferente ao que a mídia nos faz seguir... Parabéns, teu texto esta incrível.

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  2. O texto é muito bonito Cris...nos faz pensar sobre a realidade que vivemos, esse corre corre e a importância das pessoas em nossa vida. Na bela imagem que usastes para ilustrar suas linhas está um integrante do grupo Doutores da Alegria, foi feito inclusive um filme sobre eles. Vale a pena ver...

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  3. A gente sabe que um texto está bem escrito quando tudo o que tem que fazer ao terminar de ler é assinar embaixo.

    Mais uma belíssima reflexão, Cris. Parabéns!

    Beijo!

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