quinta-feira, 29 de abril de 2010

30 minutos

Ontem percebi que a muito tempo não dividia a mesa com meus pais na hora das refeições.
O excesso de compromissos, trabalhos e estudo e a dificuldade de ponderar as prioridades, estavam me tornando uma pessoa menos presente na vida daqueles que se dedicaram e até hoje se dedicam a mim.
Ontem, 28/04/2010, ao saborear um jantar com a minha família, me dei conta da importância desses momentos.
Naquele instante, larguei o computados e deixei de lado o twitter, o msn, o orkut, os emails e até mesmo o meu trabalho de radiojornalismo que tanto me preocupava. Confesso que precisei ser chamada várias vezes, para enfim, "sair" do meu mundinho, que no momento, parecia tão mais interessante.
Sorte a minha que tenho uma mãe carinhosa, que insiste pela minha companhia.
Sorte a minha que fui educada com beijos de bom dia e carícias de boa noite.
Sorte a minha que Deus enviou-me para um berço de ternura, amor e muita compreensão.
Um simples jantar às 21h me deixou mais leve, relaxada e feliz. Me deu gás para concluir as pendências e me motivou a repensar as prioridades;
Tenho sorte por perceber que nada no mundo terá importância se eu não tiver minha família ao meu lado.
30 minutos me fizeram repensar muita coisa.
30 minutos intercalados entre o sabor da comida e o sabor das palavras.
30 minutos...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dar e receber luz

O mundo gira como o compasso na mão de uma criança que tenta desenhar o sol. De forma insegura e pura dá voltas e voltas tentando dar uma forma perfeita ao seu desenho.
Com isso consigo comparar minhas ações, persisto em desenhar meu sol de forma perfeita. Giro de um lado, de outro até encaixar ponta com ponta. Acho que permanecerei até a eternidade procurando um lugar para deixar o MEU sol brilhar. Seja num desejo como os de criança ou nas atitudes erradas e certas que todos os dias corro o risco de tomar.
Essa é a coisa mais fascinante que o mundo pode oferecer. O poder da escolha! Afinal, todos somos totalmente responsáveis pelo amor e pela dor que causamos no próximo. Somos totalmente responsáveis por darmos LUZ ou ESCURIDÃO à vida das pessoas que nos admiram. É dever de todos tentar desenhar o sol de forma perfeita, para que ele brilhe e irradie luz por todos os lados.
O desafio da vida é parar de enxergar escuridão e transmitir luz.
É isso que eu desejo, que todos possamos dar e receber luz.
Cristine Foernges
21/03/2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tolice não amar

Tolos são aqueles que não se entregam ao amor, que não buscam o amor ou que fogem dele.
Tolos são aqueles que apontam os erros alheios sem olhar para os seus, sem perceber o porquê não estão ou não fazem alguém feliz.
Tolos são os que não choram, não riem e não sentem. Os que sofrem, amam, lutam e persistem são os vencedores da vida.
Porque nada se consegue de forma fácil, e neste mundo, o menos fácil, é se deixar amar.

Cristine Foernges 13/04/2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Lembranças...



Parece que foi ontem... A ansiedade tomava conta do meu corpo, minhas mãos tremiam de forma incontrolável, tudo em torno de mim girava em um único objetivo: Representar Novo Hamburgo da melhor forma possível!
E o dia chegou, a tão esperada noite de 8 de setembro ficou registrada na minha memória e principalmente no meu coração.
O barulho forte das torcidas e o som dos tambores se comparavam ao compasso do meu coração, que insistia em bater de forma desritmada, sem que eu tivesse a chance se controlá-lo.
Mas eu estava segura, disposta a transformar meu conto de fadas, em uma história real.
Lembro-me da emoção que senti ao tocar meus pés na passarela, localizada em um dos pavilhões da Fenac. Foi como se o meu medo tivesse se transformado em ar... puro e simples ar que respiramos e necessitamos para sobreviver. E foi esse ar que me impulsionou em direção ao microfone. Olhei para os lados... Ao meu lado direito, minha torcida, repleta de pessoas que amo, que respeito e que foram, sem dúvida, meus alicerces durante essa caminhada.
Após o término de minha oratória, prosegui com meu percurso, desci as escadas e encaminhei-me na direção dos jurados.
Uma leveza tomou conta de mim, o ar agora parecia não me fazer andar, mas sim flutuar ao som dos meus "aliados" gritando pelo meu nome.
Essa foi uma das melhores sensações que já senti na vida. Naquele instante percebi que se eu estava ali, era porque haviam pessoas que acreditavam realmente em mim.
A alegria era visível, eu havia sido escolhida para representar Novo Hamburgo, e estava a um passo de realizar um sonho de menina... me tornar uma princesa, uma Cinderela.
E foi essa a emoção que senti quando fiquei entre as 5 finalistas. Ao meu lado permaneciam as candidatas de Canoas, Ivoti, Parobé e Santo Antônio da Patrulha.
Neste momento, não apenas meu coração batia de forma desorientada, mas sim todo o meu corpo que agora já tremia e sentia uma mistura de orgulho e incerteza.
Mas o tão esperado momento chegou...
As torcidas, como um coral ensaiado, prolongaram e acalentaram o salão com um silêncio afim de ouvir, sentir e ver a luz que irradiaria sobre a 12ª Cinderela do Calçado.
E nesse instante quando meu nome foi pronunciado, eu revivi em milésimos de segundos o esforço e a dedicação com a qual minha família teve para que eu obtivesse êxito, admirei-os ainda mais, pois certamente sem o apoio deles e de todas as pessoas que se juntaram a mim, eu não conseguiria.
Naquela noite realizei o melhor sonho da minha vida.
Realizei um sonho de criança, aqueles bem ingênuos tirados de livros infantis! E percebi, de forma muito clara e real, que contos de fadas tornam-se sim, realidade!