quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Existe

Existe uma força maior do que tudo que se pode imaginar
Está presente nos quilômetros percorridos por terra
Na imensidão azul do mar
É uma força delicada que não nos deixa desanimar
Que ofusca os momentos de dor
Que nos cala quando o desejo é gritar
Que nos dá voz quando desejamos calar
Vejo esta força em forma de flor
Delicada, perfumada e encantadora
Vejo-a nas canções que tocam meu coração
No dedilhar de um violão, nas batidas de qualquer coração
É uma força que não nos deixa cair
Que nos faz sonhar
Mesmo quando a vontade é de desistir
É ela quem mantém em nossas lembranças
Uma palavra que já não se escuta mais
Um toque que só permanece na imaginação
Um olhar particular, peculiar...
Vejo-a no sorriso de uma criança
No dançar de uma bailarina
Na realização de um atleta
Vejo-a nas palavras de um formando
Na recuperação de um paciente
Na doação de um voluntário
Existe uma força divina que deixa aquele sentimento bom
Que faz perdoar
Que almeja recomeçar e desejar sempre mais

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dindo

Me conforta saber que meu tio e dindo sempre soube do meu amor e que pudemos, durante muitos anos, compartilhar essa admiração, esse carinho e respeito que sempre existiu entre nós.

Dindo

No céu brilhante como as gotas do mar
Agora em uma nuvem confortável
Descansa um homem de bondade extrema
Pureza, leveza e sorriso fácil
Descansa numa nuvem de algodão
Descansa, olhando para baixo, olhando para o chão
Bem lá do alto
Ele pode sorrir,
Pode aplaudir tudo de bom que se faz por aqui
Ele ouve o "dindón" do meu coração
Que tenta compreender pelo menos uma explicação
Este coração teimoso insiste em não entender porque tão cedo o meu "dindinho" se foi
Eu ainda ouço a sua voz serena
Sussurrando brincadeiras que marcaram a minha infância
Ora nos saltos das ondas do mar,
Ora nos churrascos do lar
Eu ainda escuto sua voz me chamando de potoca
A potoca do dindo
Apelido carinhoso, penso que batizado graças a minha adoração, desde muito pequena, pelos cavalos que num passo ritmado, faziam “potocó” comigo em cima da sela.
Não sei o que de fato faz um amor crescer assim
Mas tenho convicção que era igual, na mesma dimensão
Tanto prá ele, quanto prá mim
Agora esse anjo divino dorme em paz
Realizando sonhos que aqui não pôde concretizar
Dorme em paz “dindón” amado
Dindinho do meu coração
A potoca ficou triste e menos completa aqui desse lado
Mas ta na hora de deixar o egoísmo ir embora
E te deixar voar
Voa anjo encantado
Voa meu dindo iluminado